Sobre a dança de cadeiras nos ministérios
Que partido perde mais com a reforma ministerial anunciada por Dilma Rousseff (para janeiro)?
PT sofrerá baixa em sete ministérios, PSB em duas, PP e PDT uma.
Ocorre que no caso do PT, poderá manter quatro postos e ainda ganhar um novo ministério (no caso, do Trabalho). Mesmo mantendo quatro, haverá tensão interna. O Ministério do Trabalho poderá ser ocupado por Marta Suplicy. Já o Ministério do Desenvolvimento Agrário poderá manter um petista, mas retirar a pasta da corrente interna Democracia Socialista, que comanda o MDA desde seu início. Finalmente, as secretárias (com status de ministras) da igualdade racial e mulheres perderão o emprego e as pastas serão extintas, o que poderá gerar uma grande reação interna de forças petistas muito organizadas e mobilizadas.
Dos partidos aliados, a perda da pasta do Trabalho será a mais sentida. É possível que PDT troque de nomes, mas petistas avançam o sinal para conquistar este espaço.
O PSB perderá duas pastas. Mas o caso da Integração Nacional é o mais complexo. Bezerra poderá ser lançado candidato a prefeito em Recife para conter João Paulo (deputado federal e ex-prefeito da capital de Pernambuco) que está se movimentando para concorrer à sucessão do poderoso Eduardo Campos. Uma espécie de contra-ataque. Seria um favor para Dilma, que facilitaria sua vida, mas não a do PT. Contudo, este lançamento de candidatura poderá ser apenas um balão de ensaio, justamente para promover um armistício.
Enfim, para aqueles que pensam que a reforma será pequena e indolor, vale a pena olhar melhor com lupa.
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